Polícia Federal e Civil fazem curso de rastrear bitcoin e criptomoedas em Brasília
A Polícia Federal do Brasil, assim como agentes da polícia civil de vários estados do país, realizam, em Brasília (DF), um curso de capacitação tecnológica, inclusive sobre rastrear bitcoin e criptomoedas.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a capacitação tem o objetivo de aprimorar as habilidades dos profissionais. Além disso, pretende aumentar a recuperação de ativos e combate ao crime organizado no país.
Ao todo, quarenta integrantes da Polícia Federal e da Polícia Civil de todo o país participam da segunda edição do Curso de Investigação Financeira e Análise Patrimonial.
Duas semanas de curso para agentes da polícia federal e civil de todo Brasil ensinará a rastrear bitcoin e criptomoedas, além de outros ativos financeiros
Com a capacitação iniciada no dia 18 de novembro, que se estende até 29 do mesmo mês, os agentes contam com 80 horas para aprender novas habilidades. A promoção do evento se dá pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), vinculada à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em nota pública do MJSP na última quinta-feira (21), tudo indica que os agentes devem aprimorar habilidades. Dentre elas a capacidade de identificar e rastrear recursos ilícitos, aumentando a recuperação de ativos e a eficiência das investigações envolvendo crimes.
Para isso, os profissionais terão lições de apreciação de relatórios de inteligência financeira e investigação de criptoativos, uso de ferramentas tecnológicas, como análise de vínculos e business intelligence, e cadeias de custódia de documentos.
Durante o curso de duas semanas, os agentes da polícia federal e civil também terão o acesso a ferramentas que ajudam nas investigações de aspectos financeiros de crimes. Não está claro na nota do MJSP se alguma ferramenta específica para rastrear bitcoin e criptomoedas será apresentada.
De qualquer forma, eles esperam que o aprendizado de aspectos financeiros de crimes, como lavagem de dinheiro e corrupção fiquem mais claros.
Assim, os agentes podem contribuir de forma mais eficiente na atuação das forças de segurança quando no enfrentamento ao crime organizado. Por fim, algumas práticas com casos reais devem contribuir com o processo de aprendizagem dos agentes de segurança pública.
“Além de fortalecer as investigações, o objetivo é combater de forma mais efetiva a criminalidade financeira, um dos pilares do crime organizado, e buscar não só a punição, mas o desmonte das estruturas que sustentam atividades ilícitas no Brasil“, finalizou em nota a autoridade brasileira.