Mesmo com força de Petrobras e Vale, Ibovespa se mantém na estabilidade; dólar tem queda de 0,74%, cotado a R$ 5,74
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O impulso positivo de Petrobras e Vale ajudou a limitar as perdas, mas não foi suficiente para fazer o Ibovespa terminar o dia no campo positivo, e o índice fechou praticamente estável, com leve recuo de 0,02%, aos 127.768 pontos.
Ibovespa hoje
Em uma sessão marcada pela forte volatilidade, o principal indicador da bolsa oscilou entre os 127.226 pontos e os 128.277 pontos.
O volume financeiro negociado no índice ficou em R$ 16,8 bilhões, batendo os R$ 22,6 bilhões na B3.
As ações PN da Petrobras encerraram o pregão com alta de 2,50%, a R$ 38,20, enquanto as ON avançaram 2,57%, a R$ 41,55, sendo que a última esteve entre as cinco maiores valorizações do Ibovespa no dia.
A forte subida ocorreu depois de a petroleira divulgar um esclarecimento sobre o plano de investimentos de 2025 a 2029.
No documento, a companhia informou que os investimentos totais serão de US$ 111 bilhões e que há flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período, o que agradou o mercado.
Depois de cinco pregões em queda, as ações da Vale tiveram um respiro e voltaram a fechar no positivo, com uma alta de 1,25%, a R$ 57,55.
Nos últimos dias, os papéis foram fortemente penalizados desde o anúncio de novos estímulos da China, que frustrou investidores.
Sem novas sinalizações do governo sobre o esperado pacote de corte de gastos, investidores permanecem atentos a eventuais notícias sobre o desenho e a magnitude das medidas.
Dólar hoje
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O dólar comercial encerrou a sessão em queda consistente contra o real, em um dia em que o diferencial das taxas de Brasil e Estados Unidos ampliou, com os rendimentos dos Treasuries recuando.
Enquanto os juros futuros brasileiros avançaram em meio a mais uma desancoragem das expectativas de inflação aqui.
Além disso, os preços do petróleo tiveram alta forte, o que pode ter sido mais um suporte para a moeda brasileira.
A perspectiva do anúncio de medidas fiscais mais estruturais pode estar amenizando o mau humor local.
Assim, terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,7469, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,7360 e encostado na máxima de R$ 5,7998.
Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,22%, cotado a R$ 6,0876.
Perto das 17h05, o real estava entre as quatro moedas com melhor desempenho frente ao dólar, da relação das 33 moedas mais líquidas.
Ao lado do real estavam o rand sul-africano, o peso colombiano e a coroa norueguesa, todas também com alguma relação com o preço do petróleo.
Bolsas de Nova York
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Os índices acionários de Wall Street encerraram a sessão sem uma direção única, em um dia em que a valorização do preço do petróleo deu suporte para as ações de companhias ligadas ao setor de energia.
Além disso, as ações da Tesla se destacaram em meio a relatos de que a equipe de Donald Trump estaria trabalhando em maneiras de facilitar a regulamentação sobre veículos autônomos.
O fechamento da curva de juros americana também pode ter dado alívio, na margem, para a recuperação de companhias ligadas ao setor de tecnologia.
Terminadas as negociações em Nova York, o índice Dow Jones registrou queda de 0,13%, aos 43.389,60 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,39%, aos 5.893,62 pontos, e o índice Nasdaq exibiu valorização de 0,60%, aos 18.791,81 pontos.
Dos 11 índices setoriais do S&P 500, o segmento de energia foi o que mais se destacou, com alta de 1,27%.
O petróleo WTI encerrou o dia em alta de 3,19%, a US$ 69,16 o barril.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia sem direção comum, com os investidores à espera de dados econômicos da região e com as políticas potenciais de Donald Trump no radar, bem como comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE).
O índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,10%, a 502,61 pontos.
O DAX de Frankfurt recuou 0,11% a 19.189,19 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,57%, para 8.109,32 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 0,12%, para 7.278,23 pontos.
Entre os indicadores econômicos, serão divulgados ao longo da semana o índice de gerentes de compras (PMI) dos setores industrial e de serviços da zona do euro, bem como os dados de inflação de outubro da zona do euro e do Reino Unido.
Além disso, vários discursos de diretores do BCE estão na agenda, incluindo o economista-chefe Philip Lane e a presidente Christine Lagarde.
“No entanto, os mercados estão confortáveis em suas expectativas do BCE, e é o Federal Reserve que está gerando mais incerteza”, avalia o UBS em relatório.
O presidente do Bundesbank, o banco central da Alemanha, Joachim Nagel, disse que as tarifas propostas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos podem prejudicar o comércio internacional e ameaçar maiores pressões inflacionárias.
Com informações do Valor Econômico