GPA reduz prejuízo em 76% no 3º tri, para R$ 311 milhões
O GPA registrou um prejuízo de R$ 311 milhões no terceiro trimestre, uma redução de 76% sobre as perdas de R$ 1,29 bilhão apresentadas um ano antes. O resultado final foi impactado por efeitos positivos e não recorrentes, que somaram R$ 1,1 bilhão.
Esses efeitos incluem R$ 804 milhões referentes à reversão de prejuízos da Cnova, R$ 163 milhões relacionados com a segregação do Éxito, e R$ 133 milhões decorrentes da correção monetária de créditos fiscais.
Além disso, no terceiro trimestre, o prejuízo líquido descontinuado totalizou R$ 58 milhões, principalmente em decorrência de contingências trabalhistas relacionadas aos hipermercados Extra.
Entre julho e setembro, as receitas da companhia avançaram 2,8%, para R$ 4,49 bilhões. As vendas totais somaram R$ 4,8 bilhões, crescimento de 1,9%, sendo que as vendas do Pão de Açúcar avançaram 3%, para R$ 2,42 bilhões, enquanto as vendas das lojas do Extra Mercados subiram 2,7%, para R$ 1,52 bilhão. Já vendas das lojas de proximidade subiram 13,7%, para R$ 555 milhões.
A penetração das vendas do comércio eletrônico em relação à venda alimentar total atingiu 12,5%, representando um incremento de 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado do GPA chegou a R$ 399 milhões, queda anual de 64,7%. A queda é explicada por uma base de comparação inflada no terceiro trimestre de 2023, quando a companhia reportou um Ebitda ajustado de R$ 1,13 bilhão, devido a um feito não recorrente e não caixa de R$ 804 milhões com reversão da provisão de resultados negativos acumulados da Cnova.
A partir do quarto trimestre de 2023, devido à venda da totalidade da participação da GPA detida na empresa holandesa de comércio eletrônico, o resultado da equivalência patrimonial das operações internacionais se tornou nulo.
No trimestre, as despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 735 milhões, um avanço anual de 1,9%. Ao final de setembro, a dívida líquida era de R$ 2 bilhões, ante a dívida de R$ 1,7 bilhão reportada no final do junho.
*Com informações do Valor Econômico