Dólar recua quase 1,5% com alívio no prêmio de risco fiscal e ajuste no ‘Trump trade’
O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira com forte retração contra o real. A dinâmica foi resultado de um ajuste interno e externo. Lá fora, houve uma calibragem no chamado “Trump trade” (estratégia que inclui apostas no fortalecimento do dólar), após as bolsas de apostas indicarem uma melhora nas chances de vitória da democrata Kamala Harris na corrida eleitoral. Por aqui, o adiamento da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa para poder alinhar as discussões sobre cortes de gastos ajudou a aliviar parte do prêmio de risco que havia sido embutido nos ativos domésticos no pregão de sexta-feira.
No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar exibiu queda de 1,48%, a maior depreciação da divisa desde 23 de agosto deste ano, cotado a R$ 5,7831. A moeda americana, assim, devolveu quase todo o movimento de apreciação observado na sexta-feira. A mínima do dia foi de R$ 5,7562 e a máxima, de R$ 5,8392.
O real foi, de longe, a moeda com melhor desempenho no dia entre as 33 mais líquidas acompanhadas pelo Valor. No ranking das divisas, após o real, o melhor desempenho vinha da rúpia da Indonésia, com o dólar caindo 0,49% ante a divisa.
Também hoje o euro comercial exibiu desvalorização de 1,10%, terminando cotado a R$ 6,2910. E, perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,38%, aos 103,886 pontos.
*Com informações do Valor Econômico